25/06 terça
Cedo fomos pro local marcado para sermos pegos pela van da
excursão Rent-a-Guide que contratamos lá do Brasil. Com uns 20 min de atraso,
começamos passando por Haifa, uma cidade jovem pros padrões do Oriente Médio,
com traços modernistas que lembram em parte Brasília. Lá visitamos os lindos
jardins de Bahá'í, suspensos em degraus. Essa religião persa é bem peculiar e
tem um dos seus centros sagrados no jardim, por guardar o túmulo de seu
fundador. De lá, subimos até as grutas de Rosh HaNikra, na fronteira com o
Líbano. O mar ecoa na caverna parcialmente afundada, o que parece ser a voz de
um deus bravo do antigo testamento, ou a baleia de Jonas. A seguir, a magnífica
Acre, cidade-fortaleza base de cruzados na região. Muito interessante, bem
conservada, com descobertas recentes... O tour deixou muito a vontade de querer
voltar para ficar hospedado na cidade e explorar com calma. O almoço, ainda que
barato, foi num daqueles rests de grupo de excursão, bem ruinzinho.
Depois, o guia Daniel quebrou nosso galho e nos deixou de
van mesmo lá no hotel que tinham nos reservado. Super legal, fica num kibbutz
na Galiléia, em Mizra, uma espécie de condomínio, originalmente socialista, com estrutura
própria, produção agrícola e/ou pecuária. Bem agradável mesmo, lembrando a vila
onde eu morava na infância. Fizemos uma compra no supermercado local, e à
noite, com ajuda da recepcionista, pedimos uma pizza! Foi ótimo comer no pátio
externo do hotel, onde uns moçambicanos ensaiavam uma dança coletiva que não
fazíamos ideia de que se tratava...
26/06 quarta
Tour pela Galileia
Do kibbutz, nos pegaram, nova guia, muito organizada, e nos
dirigimos a Nazaré, onde visitaríamos a igreja da Anunciação, onde Maria
recebeu instruções do anjo sobre sua gravidez. Lá, representações
"artísticas" da virgem, originadas do mundo todo, umas mais bonitas
outras nem tanto. Gostamos muito das versões orientais e da versão Tempestade
dos X-Men, acho que era do Uruguai da África do Sul... Seguimos então
para Tabgha, onde Jesus multiplicou os peixes e os pães, hoje uma igreja
franciscana. Depois, Cafarnaum, onde vivia Jesus, em casa de Pedro, o pescador.
As fundações originais ainda estão lá. O almoço foi na sequência, num
restaurante à beira do chamado Mar da Galileia, um lago no território
israelense que era intensamente utilizado por Cristo para fugir de seus
perseguidores. Eu e Ciça não quisemos almoçar peixe (especialidade da casa) nem
outras alternativas com cara fuleira e preço alto. Ficamos com o biscoitinho
que tínhamos comprado no kibbutz, mas aproveitamos para curtir as margens do
lago. Avistamos até um grupo de senhoras, provavelmente cristãs ortodoxas, se
despirem e mergulharem ali em roupa de baixo (a não ser uma mais preparada, de biquíni)
- o calor gerou um sentimento de inveja em nós. Depois do almoço, fizemos nossa
última visita, agora em Yardenit, áreas batismais no Jordão, versão comercial
da jordaniana, plenamente equipada mas ausente de espiritualidade espontânea.
Além, é claro, de não se tratar do ponto original do batismo de Jesus. Findo o
tour, umas duas horas depois fomos entregues em Tel Aviv.
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