Já na chegada no fim da tarde, quente, claro, notamos a
esperada e gritante diferença de Jerusa com sua irmã mundana Tel Aviv. A
ortodoxia foi substituída por trajes de praia, as chamadas religiosas, por
tranceira (né, Ciça?), a comida kosher por redes internacionais e bistrôs
Michelinicos. Nosso apto foi substituído por um magnífico quarto e sala de
janelas infinitas, solar, a dois quarteirões da praia. Rio, é vc? Acho que
decidi ficar por ali. Reflexões filosóficas à parte, partimos é pro
aproveitamento local. Jantamos num italiano recomendado, o Mel and Michelle, e
por pouco não o conseguimos por não termos reserva. Melhor aspargo jamais
comido! Acertei em tudo nas minhas escolhas gourmet!
27/06 quinta
Praia! Café na esquina, destino: Hilton's Beach. Apesar de
já não ser tão cedo mais, pouca gente na praia, o garçon falante alegou até tédio.
Ficamos debaixo de umas estruturas de madeira na areia, na sombra. O calor
estava demais, claro. A água mediterrânea, bem morna e ótima. Ficamos lá a
tarde toda, descansando e curtindo. Andamos até a Gordon. Depois, na volta pra
casa, comprinhas no supermercado (não estamos num flat-lar?). Fomos ao shopping
Dizengoff Center, pra ver se encontrávamos uns Moroccan pra Ciça. À noite,
saímos pruns drinks num pub, rua lotada, White Night em TLV. As meninas ficaram
viciadas numas sementinhas que eles servem com os drinks - seriam de abóbora?
Ou girassol? Jamais saberemos.
28/06 sexta
Adivinha - praia, de novo. Só eu e Ciça, que Simone estava
desanimada. Antes, Dizengoff Center (a loja estava fechada no dia anterior). Na
Hilton's, alugamos umas chaises e ficamos lá, estirados. Ah, as férias... Pós-praia,
almoçamos todos num rest meio latino, meio judeu, meio tradicional. Razoável. Último
passeio pelas Ben Yehuda, Ben Turion e Dizengoff e bora pra casa.
29/06 sábado
Cedo, cedíssimo, tomamos o táxi, pré-combinado um dia antes
com ajuda do nosso host, Amir, muito solícito. Aí sim. Chegamos com a minha
tradicional antecedência - melhor esperar no aero que perder o avião.
Contávamos, claro, com uma segurança maior, à la fronteira Aqaba-Eilat, mas
qual nossa surpresa!, o buraco era muito mais embaixo. De cara, separam a gente
na fila para ENTRAR no aeroporto, fazendo perguntas capciosas, tira-teimas e
bem-bolados em geral. Detecção de metal? 4 vezes. De pólvora? Abre a mala aí,
malandro, tira todas as cuecas pra fora e dá-lhe teste químico. Tudo bastante
eficiente, sim. Mas demorado e suspeito. Simone ficou um pouco pra trás mas foi
devidamente resgatada por um security-officer admirador, que a escoltou direto
à área de embarque. Ufa, por pouco não dava tempo. Tomamos um café meio corrido
e embarcamos.
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