21 junho 2013

2013 Oriente Médio - Jerusalém


 Na chegada, também tudo funcional, táxi até o hotel, cidade calmíssima por causa do Sabbath. Custamos um pouco até achar um restaurante, já que tudo seguia fechando. Mas valeu a pena, e comi uma lasanha de legumes bem boa... Depois, Simone foi cochilar e eu e Ciça fomos dar uma volta pela cidade velha, descendo pela Ben Yehuda, um trajeto que se repetiria todos os dias... Lá, uma calmaria religiosa. A atmosfera da cidade é bem peculiar mesmo, muros, corredores de pedestres, as divisões entre os bairros pela origem/fé... A ortodoxia judaica, em suas mil variações e multiplicidades de vestuários, realça.

22/06 sábado

De manhã, a padaria avistada no dia anterior estava fechada, como quase tudo. Descemos à cidade e lá compramos uns pãezinhos recheados na rua, junto como tradicional suco de laranja espremido na hora. Tudo gostoso. Depois iniciamos nosso roteiro do dia, cristão, começando pelo ponto alto: a Igreja do Santo Sepulcro, que congrega, no mesmo prédio, diversas denominações religiosas, como católicos, ortodoxos russos, armênios, gregos, coptas (egípcios), etíopes... Cada uma é responsável por uma área do templo. É bem interessante. Depois, fizemos a Via Sacra ao contrário, parando nas igrejas de Sta. Verônica (a do santo sudário), Sta. Ana (e suas cisternas), e da Flagelação e Condenação. Passamos também por um grande cemitério muçulmano, às margens da muralha. Com o sol altíssimo, preferimos retornar ao que chamamos de "nosso hotel", quarto 211, numa hospedaria vienense no meio do bairro cristão, onde almocei o tradicional schnitzel. O terraço era aberto e tinha uma vista bem legal dos telhados monocromáticos, contrastados com o grande domo dourado, Dome of the Rock.
Animados e refrescados, continuamos, saindo pelo portão Dung Gate, rumo ao solar Monte das Oliveiras. Lá, escaldantemente fomos circundando e visitando as Igrejas de Todas as Nações, Dominus Flevit, Pai Nosso e, no alto, a Capela da Ascensão. A de Maria Madalena, russa, estava fechada. Compramos uma água cara lá no hotel Seven Arches, às moscas... Na base, na volta, a tumba de Maria. Chegamos em casa esgotados, mas abençoados. À noite, jantamos num rest que se "dividia" em dois, de forma muito própria de Jerusa: um servia derivados do leite e outro, carnes - nunca misturados, devido à regra de alimentação, linha kosher. Também bem gostoso!

23/06 domingo

O dia começou, agora sim, na padaria. A seguir, roteiro judeu: Cardo, bazares, sinagogas, praças etc. Enfim, Muro das Lamentações. Mulheres e homens separados, toda a dedicação de nomes e toda a oração devida. Certos desencontros nos fizeram entrar inadvertidamente no Monte do Templo, de onde fui orientado a me retirar por estar de bermuda. Uma parada, compras de Moroccan Oil (que é de Israel, vai entender) e depois, dado o alto sol, um descanso em casa, dormindo assistindo a Sessão da Tarde local (Martha Stewart, again, e Dr. Phil's Real Housewives). No fim do dia, rodeamos todo o bairro armênio, escolhido como o lugar onde vou alugar meu apto quando aposentar, depois, bairro cristão e uma parada do lado de fora da muralha, perto do Portão de Damasco, assistindo o trânsito e a sempre-pressa da ortodoxia judaica, aparentemente sempre em atraso! Depois, muros + superlua. Perto de casa, paramos num bar com música ao vivo, cheio, onde, diferentemente do que ocorrera em Praga, não conseguimos acompanhar as canções, exceto pelos Oasis e Britneys ocasionais. Tomamos drinks, incluindo a rodada de arak, uma aguardente de anis. Altinho...

24/06 segunda


Depois do café em novo estabelecimento, visita ao Monte do Templo, um pátio imenso, murado e vigiado, onde a comunidade palestina  guarda o terceiro local mais sagrado para os muçulmanos, depois de Meca e Medina na Arábia Saudita. Parece até uma espécie de paraíso mesmo, cheio de crianças correndo e brincando, sombras, pessoas sentadas etc - um contraste com o Muro, que é de onde a gente sai pra chegar aqui. Desta vez todos estavam preparados na indumentária. Deu até pra pegar uma gincana entre alunos da escola. Mas não é possível aos não-muçulmanos visitar o interior das mesquitas (são duas) nem mesmo do museu. Parecem lindos pela vidraça. De lá, fomos a Silwan, onde está a Cidade de Davi, um grande complexo arqueológico, em que além de ver ruínas, atravessamos um túnel estreito de 500 m de extensão, com águas nos joelhos, e completamente sem luz, pelas nascentes protegidas da velha cidade. Até aí, aventura. O problema são as companhias - as crianças foram até calmas, mas as adolescentes estridentes e seu professor irritante cantam a plenos pulmões no mais agudo dos agudos. Ecoa até a alma. Mas o passeio é super interessante ainda assim. De lá, deixei as meninas e subi pra casa pra tentar resolver umas pendências no trab, via Skype, que acabou não sendo necessário. No reencontro, no fim da tarde, perambulamos pelos suqs e lanchamos lá mesmo. À noite dei uma volta pelo bairro mais a oeste, incluindo os bares do The Market.

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